ISAURA PEREIRA DA SILVA, CONHECIDA POR COMADRE DA PEIXADA, NATAL, RIO GRANDE DO NORTE
A
Peixada da Comadre é uma das marcas mais fortes quando o assunto é restaurante
de comida tradicional potiguar. Ao longo de quase um século, ela foi
administrada por duas mulheres. As “duas comadres”. A primeira peixada
começou a funcionar em fevereiro de 1931, na casa número 1 da Rua São
João, em frente ao Canto do Mangue, no bairro das Rocas, e ao longo dos anos
foi batizada com este nome por força do costume popular
A comadre em questão
era Isaura Pereira da Silva, que vendia refeições de peixe com pirão em
sua própria residência. Seu filho, David Bento, era garçom e cozinheiro
de ofício. “Naquele tempo, o arroz ainda não era sequer servido.
Só entrou no cardápio 10 anos depois”, cita Jerônimo.
Quando Isaura adoeceu,
a mulher de David Bento, Francisca Barros de Morais, natural do município
de Taipu, assumiu o comando da cozinha e se tornou a 2ª comadre, mantendo
viva a tradição do restaurante, solidificando a marca Peixada da
Comadre, que passou a funcionar na Ponta do Morcego, endereço onde está
até hoje.
No começo,
Francisca era chamada de “comadre nova”. Com o tempo, acabou incorporando
a força da marca e virando personagem da história. Francisca viveu
até os 84 anos, e morreu no dia 22 de setembro de 2010, em Natal.
Ela teve 12
filhos, que são herdeiros da marca e controladores do restaurante.
Dois deles, porém, abriram filiais. Gilvan José de Morais é dono da filial
na praia da Redinha, batizada de Peixada do Filho da Comadre. Em 2001,
Jerônimo José de Morais fundou a segunda filial, na Avenida Praia de Ponta
Negra, no conjunto Ponta Negra. Segundo ele, os irmãos se entendem bem e
não há problemas de convivência entre os três restaurantes.
FONTE – TRIBUNA DO
NORTE